Será que, quando realizamos uma acção, somos livres? Ou será que o nosso livre arbítrio é uma ilusão e, na verdade somos determinados a escolher e a agir como agimos, devido ao conjunto de circunstâncias, acontecimentos que nos rodeiam e envolvem?
Existem várias teorias filosóficas que tentam responder a esta questão?
Ver ficheiro com sinopse das três teorias estudadas:
http://docs.google.com/fileview?id=0B7yHPIYu4ZPTNTUxZTRlYTItNDVmYi00ZTk0LThkZjYtZTk5OWFkMTUzYTk2&hl=en
20/11/2009
Dia da Filosofia
O dia da Filosofia foi proclamado nos dias 15 e 16 de fevereiro de 1995, pela UNESCO, nas jornadas internacionais Philosophie et Démocratie dans le Monde, em Paris.
A difusão de livros acessíveis a um largo público, tanto por sua linguagem quanto por seu preço de venda, a produção de programas de rádio ou de televisão, de áudio ou videocassetes, a utilização pedagógica de todos os meios audiovisuais e da informática, a criação de múltiplos espaços de debates livres, e todas as iniciativas que façam aceder um maior número de alunos a uma primeira compreensão das questões e dos métodos filosóficos devem ser encorajadas, a fim de constituir uma educação filosófica madura;
Declaração de Paris para a Filosofia
“Constatamos que os problemas de que trata a filosofia são os da vida e da existência dos homens considerados universalmente;
Estimamos que a reflexão filosófica pode e deve contribuir para a conduta e compreensão dos afazeres humanos;
Consideramos que a atividade filosófica, que não deixa de discutir livremente nenhuma idéia, que se esforça em precisar as definições exatas das noções utilizadas, em verificar a validade dos raciocínios, em examinar com atenção os argumentos dos outros, permite a cada um aprender a pensar por si mesmo;
Sublinhamos que o ensino de filosofia favorece a abertura do espírito, a responsabilidade cívica, a compreensão e a tolerância entre os indivíduos e entre os grupos;
Reafirmamos que a educação filosófica, formando espíritos livres e reflexivos, capazes de resistir às diversas formas de propaganda, de fanatismo, de exclusão e de intolerância, contribui para a paz e prepara cada um a assumir suas responsabilidades face às grandes interrogações contemporâneas, notadamente no domínio da ética;
Julgamos que o desenvolvimento da reflexão filosófica, no ensino e na vida cultural, contribui de maneira importante para a formação de cidadãos, no exercício de sua capacidade de julgamento, elemento fundamental de toda democracia.”
É por isso que, comprometendo-nos a fazer tudo o que esteja em nosso poder - nas nossas instituições e em nossos respectivos países - para realizar tais objetivos, declaramos que:
“Uma livre atividade filosófica deve ser garantida a todos os indivíduos, sob todas as formas e em todos os lugares onde ela possa se exercer;
O ensino de filosofia deve ser preservado ou estendido onde já existe, criado onde ainda não exista e denominado explicitamente filosofia;
O ensino de filosofia deve ser assegurado por professores competentes, especialmente formados para esse fim, e não pode estar subordinado a nenhum imperativo econômico, técnico, religioso, político ou ideológico;
Permanecendo totalmente autônomo, o ensino de filosofia deve ser efetivamente associado - e não simplesmente justaposto - às formações universitárias ou profissionais, em todos os domínios;
O conhecimento das reflexões filosóficas das diferentes culturas, a comparação de suas respectivas contribuições e a análise daquilo que as aproxima e daquilo que as opõe, devem ser perseguidos e sustentados pelas instituições de pesquisa e de ensino;
A atividade filosófica, como livre prática de reflexão, não pode considerar qualquer verdade como definitivamente alcançada, e leva a respeitar as convicções de cada um; mas não deve, em nenhum caso, sob pena de negar-se a si mesma, aceitar doutrinas que neguem a liberdade do outro, injuriando a dignidade humana e engendrando a barbárie.”
Dia da Filosofia
Assinalou-se, nesta semana, o dia da Filosofia.
Na nossa escola, o grupo de Filosofia dinamizou algumas actividades de divulgação junto da comunidade educativa: café com Filosofia para os professores; o Laço da Filosofia, para a comunidade educativa, elaboração e afixação de cartazes para divulgação da importância da Filosofia nos nossos dias (cartazes elaborados pelos alunos da turma 10º G).
Porque pensar, reflectir sobre a realidade é uma tarefa cada vez mais necessária, promovemos a não indiferença, a urgência do pensar!
Na nossa escola, o grupo de Filosofia dinamizou algumas actividades de divulgação junto da comunidade educativa: café com Filosofia para os professores; o Laço da Filosofia, para a comunidade educativa, elaboração e afixação de cartazes para divulgação da importância da Filosofia nos nossos dias (cartazes elaborados pelos alunos da turma 10º G).
Porque pensar, reflectir sobre a realidade é uma tarefa cada vez mais necessária, promovemos a não indiferença, a urgência do pensar!
Qual a diferença entre agir e fazer?
Fazer | Agir |
- Chamamos fazer a todo e qualquer comportamento do ser humano: - Actos involuntários e inconscientes; - Actos involuntários mas conscientes. - Actos mecânicos ou maquinais que fazemos sem pensar (voluntários mas inconscientes); - Actos que visam a produção/fabrico de alguma coisa; - Actos cujo fim é exterior ao sujeito. | - Agir diz respeito a um tipo específico de comportamento humano: acto voluntário, consciente, responsável, racional, livre, que reflecte uma intenção e é resultado de uma escolha/decisão do agente. |
O que é uma acção?
«Uma acção é uma interferência consciente e voluntária de um ser humano (o agente) no normal decurso das coisas que, sem a sua interferência, seguiriam um caminho distinto.» J. Mosterin, Racionalidad ya acción humana, Madrid, Alianza Universidad, pp. 144-145 |
Será que a valentia e a coragem são atribuíveis aos animais?
«Vou contar-te um caso dramático. Já ouviste falar das térmitas, essas formigas-brancas que, em África, constroem formigueiros impressionantes, com vários metros de altura e duros como pedra. Uma vez que o corpo das térmitas é mole, por não ter a couraça de quitina que protege os outros insectos, o formigueiro serve-lhes de carapaça colectiva contra certas formigas inimigas, mais bem armadas do que elas. Mas, por vezes, um dos formigueiros é derrubado, por causa de uma cheia ou de um elefante (os elefantes, que havemos nós de fazer, gostam de coçar os flancos nas termiteiras). A seguir as térmitas-operário começam a trabalhar para reconstruir a fortaleza afectada, e fazem-no com toda a pressa. Entretanto, já as grandes formigas inimigas se lançam ao assalto. As térmitas-soldado saem em defesa da sua tribo e tentam deter as inimigas. Como nem no tamanho nem no armamento podem competir com elas, penduram-se nas assaltantes tentando travar o mais possível o seu avanço, enquanto ferozes mandíbulas invasoras as vão despedaçando. As operárias trabalham com toda a velocidade e esforçam-se por fechar de novo a termiteira derrubada… Mas fecham-na deixando de fora as pobres e heróicas térmitas-soldado, que sacrificam as suas vidas pela segurança das restantes formigas. Não merecerão estas formigas-soldado pelo menos uma medalha? Não será justo dizer que são valentes?» Savater, Ética para um jovem, Lisboa, Presença, p. 21. |
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